Achados Econômicos

Arquivo : março 2013

Gasto com plano de saúde ‘econômico’ chega a triplicar com apenas uma internação
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Sílvio Guedes Crespo

Texto atualizado às 13h34 (acrescentada posição da Amil)

Os planos de saúde coparticipativos – aqueles que cobram uma mensalidade mais baixa, mas também uma taxa para cada consulta ou serviço utilizado – são uma opção econômica para quem dificilmente vai ao médico.

Mas, dependendo do tratamento de que precisar, o paciente pode acabar desembolsando um valor bem maior do que se tivesse um plano integral, de acordo com dados levantados pela Fundação Proteste e pelo blog Achados Econômicos.

Um caso extremo é o de quem tem um seguro individual do plano Medial 800, da Amil, e precisa de uma internação. Se tiver 30 anos de idade, por exemplo, o paciente, que já paga R$ 661 por mês, terá que arcar com mais R$ 1.500. Com isso, acaba desembolsando R$ 2.161,30 no mês (mais que o triplo da mensalidade).

Se precisar, ainda, de uma consulta hospitalar (mais R$ 150), um exame especializado (R$ 120) e um procedimento especial (R$ 150), o valor total já supera R$ 2.500, quatro vezes mais do que a mensalidade.

Na mesma operadora, o plano o Blue 800, que é integral, custa R$ 1.260 por mês, para ficar no exemplo da pessoa de 30 anos. Para que o coparticipativo alcance esse valor sem internação, o cliente precisaria passar por três procedimentos especializados, além de uma consulta hospitalar em pronto-socorro.

Surpresas

As comparações mostram que o plano coparticipativo não é, necessariamente um mau negócio. O nosso paciente hipotético, uma pessoa de 30 anos com plano individual, gastará R$ 961 mensais se fizer, em média, uma consulta agendada (R$ 30), um exame especializado e um procedimento especial por mês. Ao final de um ano, terá desembolsado R$ 11.532, contra R$ 15.120 se o plano fosse o integral.

O problema do coparticipativo é a surpresa que o paciente pode ter se, de uma hora para outra, precisar de um tratamento mais caro. Para evitar um rombo repentino no orçamento, a dica da Fundação Proteste é que o cliente guarde todo mês, em aplicação segura, um valor equivalente a metade da mensalidade paga.

O importante é estar ciente de todas as taxas de coparticipação, antes de fechar o contrato. A Proteste fez uma pesquisa em diversos planos e destacou três operadoras: a Amil, maior do país, a Assim, dona da maior rede própria de hospitais e centros médicos no Rio de Janeiro, e a Unimed Belo Horizonte. Compare.

TAXAS DE COPARTICIPAÇÃO (R$)

OperadoraPlanoConsultasUrgênciaExames simplesExames especializadosInternações em ap.
AmilMedial 300 a 70030,0050,0010,0060,00400,00
AmilMedial 80030,00150,0020,00120,001.500,00
AssimSmart / Special10,0015,004,0015,00*
Unimed BHUnipart Flex 112,0017,007,0012,00110,00
Unimed BHUnipart Flex 222,0027,007,0022,00211,00
Unimed BHUnipart Flex 332,0037,0010,5032,00310,00
  • * Não há taxa
  • Fonte: Fundação Proteste e operadoras

Outro lado

O blog pediu que as operadoras dessem seu ponto de vista sobre o assunto. Veja o que elas disseram.

Amil: “Através da Linha Medial, a Amil oferece a possibilidade da coparticipação, em que o beneficiário participa do pagamento ao serviço de saúde com uma parte  do valor dos serviços utilizados. Vale dizer que a utilização da coparticipação é uma ferramenta das mais modernas a disposição dos clientes, seguindo uma tendência mundial em que o cliente tem um custo mais adequado para as suas reais necessidades.  Seu preço é mais baixo se comparado a mensalidade de produto similar sem copagamento.

Ao avaliar se é mais caro ou mais barato, temos  que levar em consideração um período de tempo e não um único mês de alto uso. Esse produto é feito para clientes que buscam seguro e não uso imediato e frequente. Para os clientes com necessidade de grande utilização, existem outras opções que permitem adequar o custo a essa realidade.

Assim: “Os planos coparticipativos são ideais para as pessoas que tem o histórico de utilizarem com pouca frequência o serviço médico, mas não querem ficar desprotegidas no momento de necessidade. O beneficiário responde por uma pequena parte dos custos dos atendimentos e serviços utilizados. Entretanto, caso o paciente opte pelo atendimento nos centros médicos próprios do Grupo Assim não há cobrança de taxas. As internações estão cobertas e não geram custos.

Todos os beneficiários – seja plano com ou sem coparticipação – tem à disposição a maior rede própria de hospitais da América Latina. Com 35 hospitais próprios e todas as unidades localizadas no Rio de Janeiro, a Assim Saúde conta hoje com mais de 300 mil usuários.

Unimed Belo Horizonte: “A Unimed-BH tem como missão oferecer soluções em saúde adequadas e de qualidade para empresas e pessoas. Para isso, disponibiliza um leque de produtos abrangente, que inclui modalidades de planos coparticipativos e com mensalidade fixa. Os planos individuais coparticipativos de mesma rede, abrangência e coberturas têm valor mensal em média 45% menor do que os planos não coparticipativos. No processo da venda, o perfil de utilização do cliente é verificado para indicação da melhor opção, de acordo com a necessidade. Entre os planos comercializados pela Unimed-BH, mais de 90% são da modalidade coparticipativa.

 


Brasil e Chile têm maior mobilidade econômica da América Latina, diz Banco Mundial
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Sílvio Guedes Crespo

O Brasil e o Chile revezam-se na liderança dos rankings de países com maior mobilidade econômica na América Latina, segundo um estudo do Banco Mundial, que analisou o período do início dos anos 1990 até o final da década de 2000.

A depender do critério usado para definir mobilidade econômica, ora um país ora o outro aparece no topo, conforme aponta a pesquisa intitulada “Mobilidade econômica e ascensão da classe média latino-americana”.

O Banco Mundial divide a população em pobres (pessoas que vivem com até US$ 4 por dia), vulneráveis (de US$ 4 a US$ 10), classe média (de US$ 10 a US$ 50) e ricos (acima de US$ 50). Dessa forma, uma família de cinco pessoas, por exemplo, precisa ter uma renda de R$ 15 mil mensais para ser considerada rica.

No Chile, 60% da população subiu de classe nas duas décadas analisadas, maior percentual de toda a América Latina. Nesse ranking, a Costa Rica aparece em segundo lugar (56,2%), e o Brasil, em terceiro (54,8%).

Esse critério é importante porque mostra quantas pessoas subiram de classe, mas ao mesmo tempo é insuficiente porque não diz qual foi o tamanho dessa subida.

Por isso, o Banco Mundial analisou, também, a variação do rendimento de diferentes segmentos sociais. No Brasil, o crescimento da renda mediana dos que eram pobres e subiram para a classe dos vulneráveis foi de 45,42% entre 1990 e 2009, maior alta da América Latina. Por esse critério, Honduras fica em segundo lugar (39,2%), e o Chile, em terceiro (32,6%).

Em outras palavras, enquanto no Chile mais pessoas deixaram de ser pobres, no Brasil os ex-pobres, digamos assim, tiveram um aumento mais significativo de renda.

O estudo considera a cotação internacional do dólar por paridade do poder de compra. Isso quer dizer que, se a inflação ou o câmbio variariam mais ou menos em cada país, isso tem impacto limitado no resultado final, pois o cálculo já procura descontar a diferença e trabalha com o poder de compra que o dólar tem nos diferentes locais.

Segundo o Banco Mundial, na América Latina e no Brasil a pobreza se manteve estável na década de 1990, atingindo mais de 40% da população. Esse porcentual começou a cair a partir de 2004, até chegar aos atuais 31% no continente e 28% no país, como indicam os gráficos abaixo. Os vulneráveis são hoje 38% da população brasileira; a classe média, 32%, e os ricos, 3%, de acordo com a pesquisa.

Entre gerações

Os números mostram que o Brasil teve uma boa mobilidade econômica entre pessoas de uma mesma geração. Já entre gerações diferentes, não se pode dizer o mesmo.

Nesse quesito, o Banco Mundial não fez um ranking da América Latina. Apenas apresentou uma comparação entre alguns países desta e de outras regiões, usando um critério chamado de “elasticidade intergeracional de ganhos”.

Trata-se de um indicador que varia entre 0 e 1. Zero seria uma situação em que todas as pessoas, ao nascerem, teriam a mesma chance de ganhar dinheiro. Um significaria o outro extremo, em que, entre duas pessoas, a mais rica seria sempre a que teria os pais mais abastados. No caso do Brasil, indicador marcou 0,6, atrás de Chile e Argentina (0,5 cada).

Entrevista

O blog Achados Econômicos conversou com um dos autores do estudo, o brasileiro Francisco H. G. Ferreira. Ele é economista líder do departamento de pesquisas do Banco Mundial para a América Latina.

Qual foi a principal constatação do estudo?

Foi o enorme crescimento da classe média na América Latina como um todo no período de 2002 a 2010. Até 2002 ou 2003, a linha [que indica o nível de pobreza] ficou estável. A partir de então, houve uma queda de 15 pontos porcentuais na pobreza [de 45% da população para 30%] e, ao mesmo tempo, a classe média aumentou de 20% para 30% da população. Isso se deve à aceleração do crescimento econômico, junto com a redução da desigualdade.

Também observamos a formalização do trabalho, o aumento dos níveis educacionais dos trabalhadores, uma queda na taxa de fecundidade e o aumento na participação da mulher na força de trabalho.

Pelos dados, o Brasil ainda não é um país de classe média, e sim de “vulneráveis”?

É mais preciso dizer que está em vias de se transformar em um país de classe média. A classe média está aumentando na América Latina e o mesmo vale para o Brasil.

Quem são os vulneráveis?

São pessoas que escaparam da pobreza, mas que têm maior probabilidade de voltar a ela. É uma população com taxas de informalidade maiores. Ainda é o maior grupo no continente.

Como está a mobilidade social no Brasil?

Em alguns critérios, o Brasil é o país com maior mobilidade para fora da pobreza. Um deles é o crescimento da renda mediana. Olhando desde 1990, o Brasil teve uma taxa de mobilidade dentro da geração muito alta. Mas continua com taxa entre gerações muito baixa. Quer dizer, não é um cenário róseo, em que o país é super móvel.

 


Custo de condomínio dobra em dez anos em São Paulo
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Sílvio Guedes Crespo

Os custos de manutenção de condomínios subiram 103% desde 2003, puxados pelo aumento dos salários de profissionais do setor, mostram dados do Secovi-SP, sindicato que reúne empresas do setor imobiliário. A pesquisa se refere à capital de São Paulo, onde a inflação foi de 70% no período, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.

Entre os cinco itens analisados pelo Secovi-SP, os custos de pessoal foram os que registraram maior alta, de 8,3% no ano passado e 123% desde 2003 (veja gráfico abaixo). Esse dado se refere, principalmente à mão de obra de porteiros e zeladores, segundo Hubert Gebara, vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP

Quem quiser driblar essa inflação tem que se concentrar em controlar três grupos de despesas: mão de obra (que normalmente soma entre 40% e 50% das despesas totais), água (cerca de 15%) e luz (entre 10% e 12%), de acordo com Gebara. Abaixo, entrevista que ele concedeu a Achados Econômicos.

O custo de manter um condomínio dobrou desde 2003. Por quê?

O condomínio não é muito mais do que a somatória dos gastos com mão de obra, encargos, água e luz. Isso tudo dá 70% das despesas ordinárias. Se esses custos sobem, o condomínio sobe, mas também não tem por que aumentar mais do que isso.

O item “custo de pessoal” foi justamente o que mais aumentou, na pesquisa do Secovi-SP. Qual o motivo?

Está havendo uma evasão para a construção civil. A mão de obra neste ano subiu o dobro da inflação. Mas se você pagar mal o funcionário, vai ter muita rotatividade e você vai ficar com funcionário de menor qualidade.

O porteiro eletrônico é uma solução?

Quando possível, sim. Mas nem todo prédio pode ter só porteiro eletrônico. Como você vai fazer isso num conjunto com 200 apartamentos? Depois dá algum problema e vai ter alguém para arrumar na hora? Se o prédio tiver dez apartamentos, tudo bem. Se tiver 200, não tem como. Aí tem que negociar os reajustes (de salários). Parece que tem empresa terceirizada dando de 10% a 12%. Aqui (na administradora dele) nós demos 8%.


Em ano de ‘pibinho’ e inflação, aumento salarial via sindicato bate recorde
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Sílvio Guedes Crespo

O ano de 2012 foi o melhor dos últimos tempos para os empregados que fazem parte de negociações coletivas de salário, apesar do “pibinho” e da inflação acima do centro da meta.

O aumento médio que os trabalhadores tiveram por meio de acordos ou convenções sindicais superou a inflação em 1,96%, algo que não ocorria desde pelo menos 1996, quando o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) iniciou essa série pesquisas.

E não é que algum segmento, em particular, tenha conseguido um reajuste tão alto a ponto de distorcer a média. Ao contrário, a possibilidade de aumento real se espalhou por quase todas as unidades de negociação.

No ano passado, por exemplo, 94,6% delas tiveram alta salarial acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC); em 1996, apenas 51,9% conseguiram tal façanha, conforme indica o gráfico abaixo.

A indústria, justamente o setor que puxou o PIB brasileiro para baixo no ano passado, foi ao mesmo tempo o que deu maior reajuste aos empregados. Enquanto a produção caiu 2,7%, os acordos coletivos culminaram em alta de 2,04% nos salários, já descontada a inflação. No comércio, o reajuste médio real foi de 2%; nos serviços, de 1,81%.

A história começa a fazer mais sentido quando olhamos para o período em que cada grupo de trabalhadores negociou os salários. Aqueles que chegaram a um acordo no primeiro semestre conseguiram aumentos maiores. Em janeiro, o reajuste real foi de 2,52%.

A partir de julho, quando foi ficando mais claro que a atividade econômica não iria se recuperar tão rapidamente, os aumentos se tornaram cada vez mais modestos. Até que, em dezembro, ficaram em apenas 1,12% acima da inflação, o pior mês do ano.

Se essa trajetória continuar em 2013, é possível que diversos grupos de empregados não consigam repor as perdas com a inflação. Para mudar isso, as empresas precisam se sentir à vontade para aumentar os investimentos.

Por enquanto, os dados não permitem ter certeza do que ocorrerá. Enquanto a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que os investimentos da indústria esboçam recuperação, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) indicou que os empresários do setor devem investir 9,5% a menos este ano.


HSBC e Bradesco são campeões de tarifas altas; Caixa tem menor custo
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Sílvio Guedes Crespo

Texto atualizado às 18h05*

O HSBC é o banco, entre os seis maiores em atuação no Brasil, que apresenta as tarifas mais altas nos serviços avulsos prestados às pessoas físicas, de acordo com dados do Banco Central (BC) compilados pelo blog Achados Econômicos.

Batizado originalmente de Hong Kong and Shanghai Banking Corporation, o HSBC tem sede em Londres e foi fundado em 1865 para financiar atividades ligadas à então colônia britânica de Hong Kong. Hoje, é um dos maiores bancos da Europa.

Na outra ponta, a instituição financeira com tarifas mais baixas é a Caixa Econômica Federal, que foi criada em 1860 e atualmente acumula diversas funções sociais, como a responsabilidade pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o Seguro-Desemprego.

O blog analisou, ainda, Bradesco, Santander, Itaú e Banco do Brasil. Bancos menores não foram incluídos no levantamento porque não são comparáveis, uma vez que têm focos diferentes e disputam clientes de outros perfis.

A pesquisa

O BC tem uma lista de 49 tipos de serviços pelos quais os bancos cobram taxas. Em 19 deles, não há dados sobre alguma das seis instituições financeiras analisadas. Por exemplo, a Caixa não trabalha com venda de moeda estrangeira por cartão pré-pago; por isso, esse serviço ficou de fora do levantamento.

Dos 30 itens possíveis de serem comparados entre os seis bancos, o HSBC tem a maior tarifa em 16, incluindo os três casos em que dividiu a liderança com o Bradesco. Por outro lado, em três itens o HSBC apresentou a menor tarifa entre os bancos analisados.

O Bradesco ficou em segundo lugar, com a maior tarifa em dez itens (sendo quatro empates com outros bancos) e a menor em um. O Santander tem o maior preço em seis e o menor em dois.

Entre os grandes bancos privados, o Itaú é o único que aparece mais vezes na lista das menores tarifas do que na das maiores. A instituição financeira cobra o preço mais alto em dois dos 30 itens, e o mais baixo em cinco.

O Banco do Brasil, por sua vez, não tem a tarifa mais alta em nenhum dos 30 itens, e tem a mais baixa em seis. A Caixa também não aparece nenhuma vez na lista das maiores taxas e, de outro lado, apresenta a menor em 25 dos serviços analisados.

Compare

Abaixo, a lista de 30 serviços oferecidos às pessoas físicas pelos seis maiores bancos, incluindo as respectivas tarifas, sempre em reais.

O levantamento considera o preço máximo cobrado pelos serviços avulsos (o BC não informa o valor médio), ou seja, sem os descontos ou isenções que o cliente pode obter quando fecha um pacote diferenciado ou quando tem condições especiais – caso, por exemplo, dos que têm conta universitária.

PACOTE BÁSICO

ServiçoBBBradescoCaixaHSBCItaúSantanderMAIORMENOR
Pacote padrão para pessoa física*9,9012,509,5013,509,8510,00HSBCCaixa
  • * Inclui: a) Cadastro para início de relacionamento; b) Renovação de cadastro (2 vezes por ano); c) Saque (8 por mês); d) Extrato mensal (4 por mês); e) Extrato do mês imediatamente anterior (2 por mês); f) Transferência entre contas no mesmo banco (4 por mês)
  • Fonte: Banco Central

CADASTRO, CHEQUE E CARTÃO DE DÉBITO

ServiçoBBBradescoCaixaHSBCItaúSantanderMAIORMENOR
Cadastro para início de relacionamento0,0030,0028,5059,0030,0030,00HSBCBB
2º via de cartão de débito5,407,905,357,905,405,50Brad. + HSBCCaixa
2ª via de cartão conta de poupança5,407,905,357,905,405,50Brad. + HSBCCaixa
Exclusão do cadastro de emitentes de cheques sem fundo29,1839,0028,5051,9041,2049,00HSBCCaixa
Ordem de sustar cheque10,8011,5010,3511,4510,7511,40Brad.Caixa
Fornecimento de folhas de cheque1,101,551,051,501,201,50Brad.Caixa
Cópia de microfilme, microficha ou assemelhado4,505,904,505,904,404,50Brad. + HSBCItaú

SAQUES, DEPÓSITOS E EXTRATOS

ServiçoBBBradescoCaixaHSBCItaúSantanderMAIORMENOR
Saque pessoalmente no banco2,002,002,002,152,002,20SantanderBrad., BB, Caixa e Itaú
Saque no terminal de auto-atendimento1,201,701,152,051,202,10SantanderCaixa
Depósito Identificado2,703,000,000,003,002,70Brad. e ItaúCaixa e HSBC
Extrato mensal (pessoalmente)2,002,502,003,222,253,00HSBCBB e Caixa
Extrato mensal (no terminal)1,402,501,352,301,402,35Brad.Caixa
Extrato de outro período (pess.)2,002,301,452,952,253,00SantanderCaixa
Extrato de outro período (terminal)1,402,201,352,401,402,35HSBCCaixa

TRANSFERÊNCIAS

ServiçoBBBradescoCaixaHSBCItaúSantanderMAIORMENOR
Entre contas no mesmo banco (pessoalmente)1,001,301,001,451,101,10HSBCBB e Caixa
Entre contas no mesmo banco (em terminal ou pela internet)0,901,100,901,090,801,00Brad.Itaú
DOC (pess.)13,2014,5012,8514,4013,3013,40Brad.Caixa
DOC (em terminal)7,407,806,507,957,407,90HSBCCaixa
DOC (pela internet)7,407,806,507,957,407,90HSBCCaixa
TED (pess.)13,2013,5012,8514,4013,3013,40HSBCCaixa
TED (em terminal)7,407,806,507,957,407,90HSBCCaixa
TED (pela internet)7,407,806,507,957,407,90HSBCCaixa

CÂMBIO

ServiçoBBBradescoCaixaHSBCItaúSantanderMAIORMENOR
Venda de moeda estrangeira em espécie60,0060,0020,0065,4030,0020,00HSBCSantander e Caixa
Compra de moeda estrangeira em espécie60,0060,0020,0065,4030,0020,00HSBCSantander + Caixa
  • Fonte: Banco Central

CRÉDITO

ServiçoBBBrad.CaixaHSBCItaúSantanderMAIORMENOR
2ª via de cartão de crédito5,007,905,000,009,005,00Itaú (Itaucard)HSBC
Retirada de dinheiro em espécie com cartão de crédito6,507,905,0012,005,0015,00SantanderCaixa e Itaú
Pagamento de contas na função crédito em espécie3,0015,007,5015,000,0016,00SantanderItaú (Itaucard)
Avaliação emergencial de crédito15,0018,0015,0015,0017,9017,00BradescoBB, Caixa e HSBC
Adiantamento a depositante*38,2042,0038,2048,9044,0049,00SantanderBB e Caixa
  • * Permissão para que o cliente exceda limite da conta corrente ou do cheque especial, passe um cheque a descoberto etc
  • Fonte: Banco Central

Outro lado

Cinco dos bancos analisados se manifestaram sobre o levantamento do blog Achados Econômicos. Veja o que eles disseram.

HSBC: “O HSBC informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que as tarifas cobradas pela prestação de seus serviços podem variar de acordo com o nível de reciprocidade que o cliente possui com o Banco. Esclarece também que sua Tabela de Serviços, a qual apresenta os valores máximos praticados, é devidamente publicada em conformidade com as normas regulatórias.

Bradesco: “A tabela de serviços prioritários expressa os valores máximos de tarifas avulsas, o que pode não refletir o valor efetivamente cobrado, uma vez que os clientes podem movimentar sua conta por meio de um pacote de serviços com preço único, que pode ser reduzido e até isentado em função de programas de bonificação, fidelização e negociações.

Santander: “O Santander informa que está sempre olhando oportunidades no mercado em busca de oferecer o melhor custo x benefícios de seus produtos e serviços para seus clientes e usuários.

Banco do Brasil: “Esse ranking ratifica o posicionamento institucional do Banco do Brasil, a ‘Excelência no Relacionamento’. Nosso compromisso é oferecer a melhor relação custo x benefício, na incessante busca pela satisfação de nossos clientes.

Caixa Econômica Federal: “A CAIXA reafirma seu posicionamento de buscar ofertar as melhores condições de crédito e de serviços bancários, respeitando e valorizando seus clientes.

* Correção: no item “avaliação emergencial de crédito”, as tarifas mais baixas são de BB, Caixa e HSBC, e não de Caixa, Itaú e HSBC. O erro foi corrigido às 18h05.


Bancos privados chegam a cobrar mais que o dobro dos públicos pelo mesmo serviço
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Sílvio Guedes Crespo

Diversos bancos privados ainda cobram das pessoas físicas tarifas muito mais altas que os públicos, segundo dados do Banco Central.

De 45 tipos de tarifas listadas no site do Banco Central, 35 são maiores nos bancos privados e 10 nos públicos.

O pacote padronizado, por exemplo, custa em média R$ 11,72 nos bancos públicos e R$ 24,67 nos privados. Esse conjunto de serviços inclui o cadastro inicial do cliente, quatro extratos por mês referentes ao período corrente, dois extratos por mês referentes a períodos anteriores, oito saques mensais em terminais de autoatendimento e quatro transferências, também por mês, entre contas da mesma instituição financeira.

Vale notar que, entre os grandes bancos, a diferença não é tanta. Pelo pacote básico, a Caixa Econômica Federal cobra até R$ 9,50; o Itaú, R$ 9,85; o Banco do Brasil, R$ 9,90; o Santander, R$ 10; e o Bradesco, R$ 12. Entre esses, o preço mais alto é, portanto, 26% maior que o mais baixo.

A comparação fica desequilibrada quando se incluem os bancos médios. Há 26 deles que cobram acima de R$ 20 pelo mesmo pacote, e um que embolsa até R$ 245, como pode ser observado no ranking do BC.

Não se pode esquecer que há exceções, tanto de um lado quanto de outro. Há o Bancoob, que é privado, e cobra até R$ 9 pelo pacote padronizado, e o Banrisul, estatal, onde o serviço sai por R$ 14 (42% mais do que no Itaú).

Em outubro, o governo decidiu reduzir as tarifas dos bancos públicos, de modo a forçar os privados a fazer o mesmo. Várias instituições não estatais acabaram reduzindo, mas, na média, como mostram esses dados do BC, elas ainda são mais caras.

Serviços

A maior diferença, entre as tarifas comparáveis, é a de compra de moeda estrangeira por meio de cheque de viagem. Nos bancos estatais, o serviço custa em média R$ 28; nos privados, R$ 127 (353% mais).

Vale notar que o Santander, que é privado, nesse item é o mais barato entre os grandes, cobrando R$ 20. O Itaú leva R$ 30, enquanto o Bradesco e o BB embolsam R$ 40. A Caixa não tem esse serviço. Por isso, antes de contratar um serviço específico, como cartão de crédito ou cartão de viagem, vale a pena olhar o ranking do BC.

Abaixo, os serviços pelos quais os bancos privados cobram mais caro das pessoas físicas, em comparação com os públicos.

ServiçoTarifa média em bancos privadosTarifa média em bancos públicosQuanto se economiza nos bancos públicos (%)
Compra de moeda estrangeira em cheque de viagem126,752877,9
Forncimento de folhas de cheque4,731,2673,4
Venda de moeda estrangeira em cheque de viagem58,8817,5070,3
Cheque visado (endossado)15,3567,3
Transferência entre contas do mesmo banco2,921,0863
Venda de moeda estrangeira em cartão pré-pago64,2426,6758,5
  • Fonte: Banco Central

Confira também as tarifas mais caras dos bancos públicos, em comparação com os privados, sempre referentes às pessoas físicas.

ServiçoTarifa média em bancos privadosTarifa média em bancos públicosQuanto se economiza nos bancos privados (%)
Pagamento de contas utilizando cartão na função crédito em espécie5,088,4039,52
Cheque administrativo19,1230,2136,71
Extrato mensal em terminal de auto-atendimento (exceto se já esteja incluso em um pacote previamente vendido ao cliente)1,452,2334,98
2ª via de cartão com função de movimentar conta poupança5,137,6132,59
Ordem de pagamento (transferência para uma pessoa retirar o dinheiro em espécie)17,9825,9330,66
Exclusão do cadastro de emitentes de cheque sem fundo26,8136,8927,32
  • Fonte: Banco Central

Na semana que vem, o blog Achados Econômicos publicará um ranking das maiores e menores tarifas, entre as grandes instituições financeiras do país.


Mensalidade de escola particular sobe mais de 50% desde 2009
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Sílvio Guedes Crespo

Estudantes fazem prova da Fuvest. Foto: Rodrigo Paiva/UOL

A escola particular, que por décadas garantiu ao filho do patrão um futuro melhor do que o do filho da empregada, está menos acessível à classe média. Nos últimos anos, as mensalidades têm subido sistematicamente acima da inflação.

Contando com o aumento de 8,45% em fevereiro, o preço do ensino médio privado já acumula uma alta de 53% desde 2009, quase o dobro da inflação no período (27%), segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

É verdade que as mensalidades que já subiram não aumentarão mais em 2013, pois, por lei, só podem ter um reajuste por ano. Mesmo assim, tendem a novamente fechar o ano acima da inflação, que, segundo analistas, deve ser de 5,8% em 2013.

Também subiram fortemente desde 2009 as mensalidades no ensino fundamental (52%) e na educação infantil (51%). O ensino superior e a pós-graduação acumulam uma alta menor, de 33% cada.

O aumento de salário dos professores é um dos fatores que pressionam o reajuste da mensalidade, mas não o único, segundo Silvia Barbara, diretora da Federação dos Professores do Estado de São Paulo. “Tanto que historicamente o as mensalidades têm subido mais que os salários”, afirma.

Abaixo, o reajuste das mensalidades no ensino médio na região metropolitana de São Paulo, em comparação com o aumento dos salários de professores.

Outro fator abordado pelos representantes das escolas é a carga tributária. As entidades patronais estão em campanha pelo corte da contribuição previdenciária que incide sobre 20% dos salários pagos, segundo a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep).

O blog conversou com o presidente do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo), Benjamin Ribeiro da Silva. Abaixo, resumo da entrevista.

Por que as mensalidades subiram bem mais que a inflação?

Em parte foi uma recuperação dos valores que as escolas perderam no final dos anos 1990 até o início da década de 2000. Em segundo lugar, houve o aumento real do salário dos professores. Além disso, o custo do empregado do segundo escalão, como faxineiros, praticamente dobrou nos últimos cinco ou seis anos. E tem outras coisas, como o aluguel, que multiplicou por cinco na cidade de São Paulo.

Qual a tendência daqui em diante?

É estabilizar [acompanhar a inflação]. Temos uma demanda muito menor do que a oferta de vagas. Nessas condições, as escolas não fazem aumentos abusivos, porque perderiam alunos para as concorrentes.


Sob Chávez, Venezuela reduziu pobreza enquanto aumentou dívida
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Sílvio Guedes Crespo

Texto atualizado às 19h01 (acrescentada fonte no gráfico sobre desemprego)

Nos 14 anos em que Hugo Chávez presidiu a Venezuela, a atividade econômica do país passou a crescer mais rápido, ainda que abaixo da média da América Latina e do mundo, e ao mesmo tempo a pobreza e o desemprego caíram. No entanto, a dívida subiu, e a inflação, mesmo tendo diminuído, continua longe dos níveis latino-americanos, atualmente baixos em comparação com duas décadas atrás. Forte exportador de petróleo, o país se beneficiou do aumento do preço do produto no mercado internacional.

Veja como evoluíram cinco dos principais indicadores econômicos da Venezuela no governo Chávez.

 

PRODUTO INTERNO BRUTO

Nos cinco anos anteriores à posse de Chávez em seu primeiro mandato (1994 a 1998), o PIB da Venezuela cresceu a uma taxa média de 1,6% ao ano, bem abaixo da América Latina (3,5%). Durante os 14 da sua gestão, o ritmo subiu para 2,7% no país e 3,2% na região latino-americana.

Média de crescimento do PIB (% ao ano)

PeríodoVenezuelaAmérica LatinaMundoBrasil
1994 – 19981,63,53,43,0
1999 – 20122,73,23,73,2
  • Fonte: FMI

 

INFLAÇÃO

No governo Chávez a inflação da Venezuela baixou fortemente. Nos cinco anos que o precederam, os preços subiam em média 57,6% ao ano. No período da sua presidência, o indicador ficou em 21,8% ao ano. É uma mudança considerável, mas ainda longe de alcançar a estabilidade verificada no conjunto da América Latina, onde a inflação média foi de 7,1% ao ano desde 1999.

Índice de preços ao consumidor (%)

PeríodoVenezuelaAmérica LatinaMundoBrasil
1994 – 199857,645,312,270,9
1999 – 201221,87,14,16,7
  • Fonte: FMI

 

DESEMPREGO

No ano em que Chávez tomou posse, o desemprego atingia 14% dos trabalhadores da Venezuela. Essa taxa cresceu nos primeiros anos do seu governo, até atingir o pico de 18% em 2003. A partir de então, o indicador caiu. No ano passado, estava em 8%. Abaixo, a taxa de desocupação, em porcentagem da população ativa.

 

DÍVIDA

Chávez recebeu a Venezuela com uma dívida bruta de 37,06% do PIB. Hoje, essa proporção é de 51,3%, pouco acima da média da América Latina (o Fundo Monetário Internacional, fonte desses dados, não informa a dívida latino-americana média em 1998). Abaixo, a dívida bruta, em porcentagem do PIB.

POBREZA

O número de pessoas pobres na Venezuela, segundo a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), equivale hoje a 29,5% da população do país. Houve queda em relação a 1999, mas ainda está pior do que a média latino-americana.

Pessoas pobres (% da população total)

PeríodoVenezuelaAmérica LatinaBrasil
199949,443,837,5
201229,528,820,9
  • Fonte: Cepal

 


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