Preço de carro de luxo antigo sobe mais de 400% em dez anos
Sílvio Guedes Crespo
Os carros de luxo antigos se tornaram um dos melhores investimentos do mundo nos últimos dez anos, segundo um levantamento feito pela revista britânica ''The Economist''.
A publicação lançou um indicador de preços que chamou de “índice de bens valiosos”, que abrange mercadorias de colecionadores, como carros antigos, obras de arte, moedas, selos, vinhos e instrumentos musicais – somente com itens raros.
De todos esses grupos de bens, o de veículos foi, de longe, o que teve maior valorização nos últimos dez anos, com alta em torno de 450%.
Moedas antigas e selos aparecem quase empatados em segundo lugar, com valorização de 255% e 254%, respectivamente. Violinos subiram 191%, e vinhos, 183%.
Os números mostram que esses bens, de modo geral, deram muito mais dinheiro do que as ações mais negociadas das Bolsas de Valores. O MSCI World, um índice que reúne papéis de empresas de 24 países, rendeu 147% no período, incluindo os ganhos que os investidores têm com dividendos.
Os instrumentos musicais e as artes, no entanto, não tiveram uma performance tão boa no mercado. O preço de violões e guitarras antigos aumentou 116% (abaixo, portanto, do indicador mundial de ações). O de obras de arte subiu apenas 45%.
Preços
Para se ter uma ideia dos preços que os carros antigos atingiram, uma sugestão é acompanhar a Peeble Beach Automotive Week, exposição na Califórnia, EUA, em que serão leiloados diversos modelos.
Um dos destaques será a Ferrari 250 GT 14-Louver Berlinetta, ano 1957, com preço de referência de US$ 9 milhões a US$ 11 milhões.
Também está à venda um Alfa Romeo de 1948, a US$ 3,5 milhões. O carro mais antigo será um Bugatti de 1925, por US$ 3 milhões.