Achados Econômicos

Preço de carro de luxo antigo sobe mais de 400% em dez anos

Sílvio Guedes Crespo

Um dos oito exemplares restantes desta Ferrari, ano 1957, vai a leilão dia 17. O preço estimado é de US$ 9 milhões a US$ 11 milhões

Os carros de luxo antigos se tornaram um dos melhores investimentos do mundo nos últimos dez anos, segundo um levantamento feito pela revista britânica ''The Economist''.

A publicação lançou um indicador de preços que chamou de “índice de bens valiosos”, que abrange mercadorias de colecionadores, como carros antigos, obras de arte, moedas, selos, vinhos e instrumentos musicais – somente com itens raros.

De todos esses grupos de bens, o de veículos foi, de longe, o que teve maior valorização nos últimos dez anos, com alta em torno de 450%.

Moedas antigas e selos aparecem quase empatados em segundo lugar, com valorização de 255% e 254%, respectivamente. Violinos subiram 191%,  e vinhos, 183%.

Os números mostram que esses bens, de modo geral, deram muito mais dinheiro do que as ações mais negociadas das Bolsas de Valores. O MSCI World, um índice que reúne papéis de empresas de 24 países, rendeu 147% no período, incluindo os ganhos que os investidores têm com dividendos.

Os instrumentos musicais e as artes, no entanto, não tiveram uma performance tão boa no mercado. O preço de violões e guitarras antigos aumentou 116% (abaixo, portanto, do indicador mundial de ações). O de obras de arte subiu apenas 45%.

Preços

Para se ter uma ideia dos preços que os carros antigos atingiram, uma sugestão é acompanhar a Peeble Beach Automotive Week, exposição na Califórnia, EUA, em que serão leiloados diversos modelos.

Um dos destaques será a Ferrari 250 GT 14-Louver Berlinetta, ano 1957, com preço de referência de US$ 9 milhões a US$ 11 milhões.

Também está à venda um Alfa Romeo de 1948, a US$ 3,5 milhões. O carro mais antigo será um Bugatti de 1925, por US$ 3 milhões.