Achados Econômicos

Salário mínimo cresce menos que preço de produtos básicos em 2013

Sílvio Guedes Crespo

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O salário mínimo interrompeu a trajetória de aumento de poder de compra ante produtos básicos, de acordo com dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

A entidade calcula o salário mínimo necessário, com base em trecho da Constituição segundo o qual a remuneração de um trabalhador deve ser suficiente para suprir pelo menos as despesas básicas de uma família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social.

De acordo com o Dieese, o salário necessário em 2013 ficou em R$ 2.765, um valor 4,1 vezes maior do que o salário mínimo vigente no ano passado (R$ 678).

Em 2012, o salário necessário era 4 vezes maior que o mínimo. Isso quer dizer que este cresceu um pouco menos do que o preço dos produtos que o Dieese considera necessários para uma família.

Olhando para um prazo mais longo, no entanto, vemos que a vida de quem ganha o mínimo é hoje bem menos sofrida, ao menos materialmente, do que era há duas décadas.

Em 1994, o salário necessário era mais de 10 vezes o valor do mínimo. Ou seja, quem ganhava o piso nacional não conseguia comprar nem 10% das necessidades básicas para viver.

 AnoSalário mínimo
(R$)
Salário necessário
(R$)
Salário necessário dividido pelo salário mínimo
19946869110,1
1995907408,2
19961087957,4
19971178036,8
19981278786,9
19991349016,7
20001479676,6
200117310736,2
200219511896,1
200323014216,2
200425314835,9
200529015105,2
200633815014,4
200737316804,5
200840920024,9
200946120424,4
201051021104,1
201154422724,2
201262224644,0
201367827654,1