Achados Econômicos

Recursos para a Copa em Brasília, onde Brasil joga, somam R$ 2,6 bi

Sílvio Guedes Crespo

Atualizado às 14h30*

Estádio Mané Garrincha (foto: divulgação)

Estádio Mané Garrincha (foto: divulgação)

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O dinheiro público e privado para as obras da Copa do Mundo em Brasília, onde o Brasil enfrenta Camarões nesta segunda-feira, soma R$ 2,613 bilhões e incluem reformas no estádio e no aeroporto e a ampliação da via DF-047.

O blog Achados Econômicos, com este texto, abre uma série na qual vai explicar quanto foi ou está sendo destinado às obras de cada cidade-sede da Copa.

Para o Estádio Mané Garrincha, o total de recursos contratados foi de R$ 1,437 bilhão, saído do governo do Distrito Federal. Em 2010, quando as obras começaram, a previsão era gastar R$ 745 milhões.

No Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, foram realizadas três ações que somaram R$ 1,132 bilhão. Somente a concessão para ampliação, manutenção e uso custou R$ 1,106 bilhão, dinheiro que saiu do grupo de empresas concessionárias, em parte financiado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Em 2012, a previsão era de que esse valor ficasse em R$ 642 milhões. (O valor total da concessão foi de R$ 4,5 bilhões; esse R$ 1,132 bilhão corresponde à parcela direcionada a projetos ligados à Copa.)

Os empréstimos do BNDES são feitos com juros subsidiados. Ou seja, dinheiro público envolvido nesse caso não é o valor total do empréstimo, mas a diferença entre os juros que o governo paga quanto toma dinheiro emprestado e o que cobra quando empresta.

Uma segunda ação no aeroporto foi a implantação do módulo operacional provisório, uma estrutura com salas de embarque e desembarque para receber os passageiros durante a Copa enquanto as obras estão em andamento. Esse módulo provisório custou R$ 7,8 milhões à estatal Infraero.

A mesma empresa destinou, ainda, R$ 18,8 milhões à reforma do corpo central do terminal de passageiros.

A ampliação da DF-047, também incluída no pacote de obras da Copa, o orçamento contratado somou R$ 43,4 milhões até o dia 30 de setembro do ano passado, data da última atualização disponível no site da Controladoria-Geral da União. Até o momento, 40% da obra estava concluída.

A Caixa Econômica Federal ofereceu, no total, R$ 98 milhões para o governo do Distrito Federal tocar esta obra, dos quais R$ 28 milhões foram liberados.

Todos esses dados têm como fonte a Controladoria-Geral da União e se referem aos recursos contratados, ou seja, aqueles que já foram confirmados, mas que não necessariamente foram pagos. Optei por usar essa informação porque dá uma ideia melhor de quanto custou cada obra. Caso usasse os recursos executados, o valor tenderia a ficar subestimado.

Esta série de posts sobre recursos contratados para a Copa nas cidades-sede não será contínua, ou seja, falarei também sobre outros assuntos entre um post e outro sobre o mundial.

* Acrescentada às 14h30 a informação de que a concessão do aeroporto de Brasília teve financiamento parcial do BNDES