Conheça os 10 países mais competitivos da América Latina; Brasil é o 5º
Sílvio Guedes Crespo
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O Fórum Econômico Mundial elaborou um ranking de competitividade entre 144 países. O primeiro lugar ficou com a Suíça.
O Brasil é o 57º do mundo e o 5º da região da América Latina e o Caribe.
É curioso observar que, se a gente considera o item em que o país vai melhor e os dois em que está pior, temos um pequeno resumo do que é a economia brasileira.
Dos 12 “pilares da competitividade” que o estudo analisou, o melhor resultado do Brasil é em “tamanho de mercado” (nono do mundo).
O pior é em “eficiência do mercado de bens” (123º), que avalia a intensidade da competição entre as empresas. Quem vai mal neste ponto são os mercados onde os empresários não têm muito com quem concorrer. Países protecionistas tendem a perder posições nesse item.
O segundo pior desempenho do Brasil é em “eficiência do mercado de trabalho”. Nesse pilar, o estudo considera a flexibilidade das leis trabalhistas. Quanto mais direitos de assalariados que atrapalhem o empregador, pior a posição do país.
Juntando esses três itens, temos, no caso brasileiro, um país que mantém uma ampla gama de direitos dos empregados e mesmo assim atrai investimentos, pois sua indústria recebe ajuda do Estado (com protecionismo, ela tem menos concorrentes) e o mercado interno é grande o suficiente para viabilizar diversos negócios.
Abaixo, a posição do Brasil no ranking mundial, em cada um dos 12 itens analisados pelo estudo.
Agora, as dez economias mais competitivas da região da América Latina e o Caribe, comparadas com o Brasil. Observação: o item ''educação primária'' abrange o que nós chamamos aqui de ensino básico e fundamental; ''educação superior'' inclui ensino médio, superior, pós e treinamentos diversos.
1. Chile
Economia mais competitiva da América Latina e 23ª do mundo. Seus pontos fortes são o ''mercado financeiro'' (item no qual é o 19º do mundo), o ''ambiente macroeconômico'' e as ''instituições'' democráticas. Os itens com pior resultado são ''saúde e educação primária'', ''sofisticação das empresas'' e eficiência no mercado de trabalho.
2. Panamá
A economia panamenha é a 48ª mais competitiva do mundo, segundo o estudo. Seus pontos fortes são o ''mercado financeiro'', a ''infraestrutura'' e a ''inovação''. O que reduz a competitividade é o ''tamanho do mercado'' e a ''eficiência do mercado de trabalho''.
3. Costa Rica
Em 54º lugar no ranking mundial, a Costa Rica tem a seu favor a ''sofisticação das empresas'' e a capacidade de ''inovação''. O ''ambiente macroeconômico'' e o ''mercado financeiro'' pesam contra.
4. Barbados
País minúsculo, Barbados é o 55º mais competitivo da América Latina, graças ao sistema de ''saúde e educação primária'' de Primeiro Mundo (16º no ranking global) e à ''infraestrutura'' (28ª). O ''tamanho do mercado'' é o item que mais pesa contra a competitividade de Barbados, seguido por ''ambiente macroeconômico''.
5. Brasil
À parte o que já foi falado, vale acrescentar que ''educação'' média e superior é o item em que o Brasil tem seu segundo melhor resultado, ficando em 41º do ranking mundial.
6. México
A economia mexicana ficou atrás da brasileira no ranking do Fórum Econômico Mundial. Em 61º lugar no ranking mundial, o México vai bem em ''tamanho de mercado'', ''ambiente macroeconômico'' e ''sofisticação dos negócios''. Os piores resultados foram em ''instituições'' e ''eficiência do mercado de trabalho''.
7. Peru
Em 65º do mundo, o Peru está bem em ''ambiente macroeconômico'' e ''mercado financeiro''. Seus piores resultados são em ''inovação'' e ''instituições''.
8. Colômbia
O país é o 66º mais competitivo do mundo, ajudado pelo ''ambiente macroeconômico'' e ''tamanho do mercado'', e prejudicado por suas próprias ''instituições'' e ''eficiência do mercado de bens''.
9. Guatemala
A economia guatemalteca é a 78ª do mundo em competitividade. Seu melhor resultado está na ''eficiência do mercado de bens'' e no ''mercado financeiro''. O pior reside nas suas ''instituições''.
10. Uruguai
As ''instituições'' uruguaias são o pilar competitivo mais forte do país, segundo o estudo, seguidas pela ''penetração tecnológica''. O ''tamanho do mercado'' joga contra a competitividade do Uruguai, assim como a ''eficiência do mercado de trabalho''.